O Sairé é a mais antiga manifestação da cultura popular da Amazônia. A tradicional festa acontece há mais de 300 anos, mantendo intacto o seu simbolismo e essência. Sua origem remonta às missões evangelizadoras dos padres Jesuítas com os índios da Amazônia. Conta a história que em suas evangelizações os jesuítas envolviam música e dança.
O símbolo do Sairé é um semicírculo, de cipó torcido, envolvido por algodão, flores e fitas coloridas. No centro do semicírculo estão três cruzes e no topo dele uma outra, que juntas representam o mistério da Santíssima Trindade e no topo um só Deus. A imagem da pomba, que representa o Espírito Santo, também faz parte do adorno.
O estandarte segue à frente da procissão, carregado por uma mulher, que na tradição é chamada da Sairapora.
Até meados do século passado, o folclore tinha significado puramente religioso. Hoje, a comemoração une o sagrado e o profano. É festejado no mês de setembro com um ritual religioso, durante o dia, culminando com a cerimônia da noite, quando são feitas ladainhas e rezas. Depois, vem a parte profana da festa, com shows artísticos e apresentações de danças típicas e pelo confronto dos botos Tucuxi e Cor de Rosa, ponto alto da comemoração.
Alegorias |
Show |
ritual religioso e danças folclóricas desempenhadas pelos moradores da vila. No último dia, sempre uma segunda-feira, ocorrem a “varrição da festa”, a derrubada dos mastros, o marabaixo, a quebra-macaxeira e a “cecuiara”, espécie de almoço de confraternização. A programação termina à noite, com a festa dos barraqueiros.
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