O desprezo do governo federal e o desinteresse da Agência Nacional de Águas (ANA) está levando o gigantesco aquífero Alter do Chão, para as mãos de pesquisadores estrangeiros e, por via quase direta, para as mãos de grandes potências estrangeiras. É o que revela a jornalista Zilda Ferreira, que esteve por uma semana na vila balneária de Alter do Chão, e entrevistou o cientista paraense Milton Mata, da Universidade Federal do Pará.
A abrangência deste aquífero é genuinamente nacional, pois ele se estende pelo oeste da Amazônia brasileira. Entretanto, para que se possa afirmar com precisão sua extensão é necessário um estudo mais aprofundado. Mas, há poucas dúvidas de que não seja o que possui o maior volume de água, uma vez que está abrigado debaixo da maior bacia hidrográfica do mundo, a Amazônica. 
Diz Milton mata, pesquisador da UFPA:

Diz Milton mata, pesquisador da UFPA:
O Aquífero Alter do Chão, já nosso conhecido e de toda a comunidade científica da Amazônia, desde a década de 60, mas ninguém jamais expressou vontade de estudar isso de forma sistemática. Eram somente poços isolados que abasteciam comunidades específicas. Meu grupo de pesquisa, depois que eu defendi minha tese de Doutorado, em 2002, e calculei a reserva hídrica de outro sistema aquífero (Aquífero Pirabas) resolveu investigar o Aquífero Alter do Chão mais de perto. Isso iniciou ano passado.