terça-feira, 30 de abril de 2013

A matriz de Nossa Senhora da Saúde de Alter do Chão, Santarém – Pará.

Patrimônio histórico de Santarém volta às características originais
 




 Alter do Chão é uma vila turística com belas praias de areias brancas, banhadas pelas águas transparentes do rio Tapajós, localizada a 32 km de Santarém, conhecida mundialmente por seus mais diversos atrativos. Entre eles se pode destacar a Festa do Sairé, a manifestação cultural-religiosa mais antiga do Norte do Pará, realizada há mais de 300 anos, a Festa do Boto (disputa entre os botos estilizados Tucuxi x Cor-de-rosa), além do reconhecimento internacional pelo jornal britânico The Guardian de ter “a praia mais bonita do Brasil”
   Contudo, seu maior patrimônio material é a Igreja matriz de Nossa Senhora da Saúde, construída no final do século XIX em estilo barroco colonial português que, apesar de bastante desgastada pelo tempo seguia sendo a única igreja desse período no município de Santarém que ainda mantinha sua arquitetura original. O prédio da Igreja inclui a capela central e duas naves laterais, sendo que a capela possui 25 metros de comprimento e 7,97 metros de largura. A espessura das paredes chega a 40 centímetros. Na parte superior, encontra-se o espaço para o coro e duas portas originais em madeira, com sacadas que têm como vista a praça principal da vila. No lado esquerdo, uma das portas dá acesso à nave que abriga o sino de bronze que pesa 60 Kg.    
   Aos 21 de junho de 2009 foi reconhecida como “Patrimônio Histórico de Santarém” e constatada a necessidade premente de obras de requalificação e restauração, que foram realizadas no ano de 2011, encerradas no último dia do exercício, constantes de: 1- solidificação da obra; 2- revestimento interno e externo; 3- recuperação e execução de alvenaria; 4- recuperação do ladrilho hidráulico; 5- recuperação de pavimentação, pisos e contrapisos; 6- tratamento e execução das esquadrias; 7- remoção das obturações errôneas ou alheias à construção original; 8- recuperação da cobertura; 9- revisão e recuperação das instalações elétricas e hidrossanitárias; 10- restauração dos objetos decorativos, intervenções essas realizadas pela Diocese de Santarém e auspiciadas pela Mineração Rio do Norte (MRN) por meio da Lei Semear de Incentivo à Cultura, Governo do Estado do Pará, Fundação Cultural do Pará “Tancredo Neves”. O projeto e acordos de restauração contaram com o apoio de órgãos competentes como o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e DPHAC (Departamento do Patrimônio  Histórico, Artístico e Cultural do Pará) visando aproximar o imóvel o máximo possível de sua arquitetura original. “É a primeira obra de restauro de um prédio histórico, em Santarém, cujas características originais puderam ser resgatadas. Seguimos todas as normas técnicas e não deixamos nada a desejar, se comparada a outras restaurações feitas no Brasil”, disse Terezinha Amorim, coordenadora do projeto “Preservação do Patrimônio Histórico de Santarém: Restauração da Igreja de Nossa Senhora da Saúde”.


    Breve histórico do templo matriz
 

    Em 1738 o padre. Manuel Ferreira fundou a Missão de Nossa Senhora da Purificação na antiga aldeia dos índios Boraris e construiu uma pequena igreja de taipa de mão que ficou sob a administração dos missionários jesuítas até 1759. Em 6 de março de 1758 o governador do Pará Francisco Xavier de Mendonça Furtado, meio-irmão do marquês de Pombal, ministro plenipotenciário de D. José I de Portugal e talvez o principal responsável pela posse e manutenção da Amazônia de hoje pelos lusos e consequentemente pelo Brasil, elevou a missão de Nossa Senhora da Purificação à categoria de Vila, dando-lhe a denominação de Alter-do-Chão, homônima de uma das cidades portuguesas. Com a expansão da vila, os portugueses passaram a construir uma igreja maior de pedra e cal em frente à escola, próximo à praça central. A atual igreja de Nossa Senhora da Saúde de Alter-do-Chão, em barroco português, é a terceira a ser construída nessa vila balneária*. O início da sua construção data de 1876 sob a coordenação do missionário José Antônio Gonçalves e o material nela utilizado foi, cal, pedra e barro. Os trabalhos de edificação só foram concluídos vinte anos depois, sua inauguração ocorrendo no dia 6 de janeiro de 1896, data em que os moradores de Alter do Chão realizam a festa da sua padroeira. A Imagem oficial de Nossa Senhora da Saúde, presente dos missionários portugueses, chegou a Alter do Chão no dia 2 de fevereiro de 1725 e o altar-mor da igreja, uma preciosidade, todo em madeira de lei, único em estilo rococó da região, foi esculpido pelo emérito professor santareno Antônio Batista Belo de Carvalho no ano de 1923.
    O prédio atual conta, portanto, com 146 anos de existência, porém, se acrescentarmos o tempo decorrido entre a primeira ermida (1738) e o templo ora restaurado vai para 274 a devoção dos alterenses por sua padroeira. 

Melhor praia do Brasil está submersa



As alvas areias, referência do balneário amazônico sumiram no Rio Tapajós.
Da Ilha do Amor como é conhecida, hoje só é possível avistar o topo das barracas de palha e a copa das árvores mais altas.
A Orla de Alter do Chão, por onde passam muitos turistas durante a alta temporada atualmente está quase no fundo.
Os bombons de muruci, castanha-do-pará e cupuaçu continuam nas bandejas.
A progressão deve permanecer inalterada até o final de mês de maio quando termina o inverno amazônico e o ‘Caribe Brasileiro’ volta a aparecer.

Alter do Chão mais uma vez entre as 8 melhores do Brasil





O jornal britânico “The Guardian” elegeu, pela segunda vez, a praia de Alter-do-Chão, em Santarém, oeste do Pará, como uma das oito melhores do Brasil. A lista foi divulgada no ultimo dia 20 de setembro e destacou a vila paraense pela bela paisagem formada por areias brancas, águas cristalinas e cercada pela floresta amazônica. A publicação falou ainda dos restaurantes do local, que servem o tambaqui grelhado, uma das especialidades gastronômicas da região.

Localizada a 38 quilômetros da cidade de Santarém, na região turística do Tapajós, a vila de Alter-do-Chão é um dos locais mais visitados do Pará. No verão amazônico, julho a janeiro, quando chove menos na região, as águas do Tapajós baixam, revelando praias de areias brancas e condições excepcionais para o banho de rio.


Além disso, é possível encontrar no local hotéis que oferecem estrutura e conforto associados ao clima agradável de quem está à beira do rio, em plena floresta amazônica, mas com toda a estrutura necessária. Na vila ocorre uma das mais antigas e tradicionais festas amazônicas, o Sairé, cuja origem remete ao período colonial e ao sincretismo entre rituais indígenas e o catolicismo.

Outro atrativo de Alter-do-Chão é o Lago Verde, local de onde os antigos habitantes da região, os índios Borari, retiravam a pedra para a produção do muiraquitã, um amuleto verde em forma de sapo, que hoje é um dos símbolos da cultura amazônica. Próximo ao lago está a Serra da Piraoca, de onde é possível ter uma bela visão do rio Tapajós.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Alter do Chão em Festa

Na noite do dia 25 de dezembro iniciou mais uma festa de Nossa Senhora da Saúde em Alter do Chão.
A festa que todo ano conta com a participação de muitas pessoas esse ano vem com muitas novidades, uma delas é o local, "esse ano a festa ganhou um novo ambiente, além de ter cobertura, tem também cozinha,bar e banheiro coisa que na praça não tinha" fala coordenador.
O salão paroquial funcionará todos os dias com vendas de comidas típicas,iguarias da época, bingos e atrações culturais. 
O tema deste ano é "JOVEM, COM MARIA VIVE TUA FÉ". De acordo com o páraco da paróquia de Alter do chão, Padre José Côrtes, durante as festividades, os católicos vivem a emoção da fé e manifestam alegria com a conclusão dos trabalhos da Igreja que passou por reforma e restauração. Todos os dias, às 19:30h tem missa, e logo após a parte social da festa.


quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Sairé 2012







O Sairé é a mais antiga manifestação da cultura popular da Amazônia. A festa acontece há mais de 300 anos, mantendo intacto o seu simbolismo e essência. Sua origem remonta às missões evangelizadoras dos padres Jesuítas com os índios da Amazônia.
O símbolo do Sairé é um semicírculo, de cipó torcido, envolvido por algodão, flores e fitas coloridas. No centro do semicírculo estão três cruzes e no topo dele uma outra, que juntas representam o mistério da Santíssima Trindade e no topo um só Deus. A imagem da pomba, que representa o Espírito Santo, também faz parte do adorno.
O estandarte segue à frente da procissão, carregado por uma mulher, que na tradição é chamada da Sairapora. Nos dias de Sairé, ele é fincado na areia da ilha que se forma no período da seca na principal praia de Alter do Chão, certamente repetindo o que faziam os índios para saudar os portugueses.
Até meados do século passado, o Sairé tinha significado puramente religioso. Hoje, a comemoração une o sagrado e o profano.
O Sairé festejado no mês de setembro com um ritual religioso, durante o dia, culminando com a cerimônia da noite, quando são feitas ladainhas e rezas. Depois, vem a parte profana da festa, com shows artísticos e apresentações de danças típicas e pelo confronto dos botos Tucuxi e Cor de Rosa, ponto alto da comemoração.
Ao longo dos anos, o Sairé foi ganhando novos contornos, com outros valores folclóricos sendo acrescentados pelos moradores de Alter do Chão, que descendem dos índios Borari. Carimbó, puxirum, lundu, desfeiteira, camelu, desfeiteira, lundu, valsa da ponta do lenço, marambiré, quadrilha, cruzador tupi, macucauá, cecuiara e outras que marcam a riqueza de ritmos e a cultura da festa.
Na festa do Sairé os elementos religiosos e profanos caminham lado a lado. Ela começa no hasteamento de dois mastros enfeitados, seguido de ritual religioso e danças folclóricas desempenhadas pelos moradores da vila. No último dia, sempre uma segunda-feira, ocorrem a “varrição da festa”, a derrubada dos mastros, o marabaixo, a quebra-macaxeira e a “cecuiara”, espécie de almoço de confraternização. A programação termina à noite, com a festa dos barraqueiros.

Vídeo Bastidores da Ação em Alter do Chão


Galera da Ufopa faz ação em Alter do Chão

 
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O grupo completo se deslocou para Alter do chão, para a realização da última ação de IBR. Chegamos a vila às 10:00 horas e iniciamos logo a correr atrás da decoração do ambiente da realização da ação. Contamos com a ajuda de João Pedro para a decoração e de Brenda para apoio nos questionários aplicados.
Essa ação teve como parceria do Grupo Sócio Cultural Boto Tucuxi, que estava realizando na praça 7 de setembro mais um evento para divulgação do Sairé 2012.Essa parceria engrandeceu muito mais nosso trabalho,pois tiveram várias apresentações culturais.A comunidade e os visitantes aprovaram .

terça-feira, 10 de julho de 2012


Magnificamente localizada na margem esquerda do rio Tapajós, a cerca de 32 km de Santarém, durante o ano inteiro, Alter do Chão é uma vila de pescadores com pouco mais de 6.000 habitantes. Mas, na época de seca, ela ganha todas as atenções. O nível da água chega a baixar dez metros, o que proporciona o surgimento de cerca de 100 km de praias. As condições são convidativas: chove pouco, a temperatura média é de 25C, e a umidade, 88%. Com 249 anos, Alter do Chão, como boa parte das vilas e cidades paraenses, carrega no nome a influência portuguesa. O vilarejo conheceu dias prósperos, quando foi entreposto de abastecimento de lenha das embarcações que faziam a viagem Belém-Manaus, e no pós-guerra, com o desenvolvimento trazido pela exploração da borracha por Henry Ford. Quando a indústria fordista passou a comprar borracha asiática, na década de 70, a região estagnou. Agora, tenta retomar o crescimento incentivando o turismo.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Sustentabilidade e Ecoturismo em Alter do Chão






Alter do Chão, um distrito do município de Santarém, é conhecida internacionalmente como Caribe brasileiro devido as suas belezas naturais, como suas praias de areias brancas e águas claras. A exploração destes e outros recursos disponíveis na vila é a atividade principal dos comunitários, por isso, a adoção de um sistema sustentável de turismo é de suma importância para a manutenção tanto das atividades econômicas quanto dos recursos naturais. Neste contexto, o Ecoturismo, como modalidade de turismo que incentiva o uso sustentável do patrimônio natural e cultural é uma opção para que a vila de Alter do Chão possa manter-se economicamente no período da cheia do rio Tapajós, ofertando aos turistas outras opções de lazer, sem agredir o meio ambiente.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Alter do Chão: cheia preocupa moradores

 O aumento no nível das águas em Alter do Chão tem gerado preocupação aos moradores da vila. O rio invadiu alguns trechos da orla e compromete a infraestrutura do local, um dos pontos turísticos mais frequentados na região.
Os comunitários vivem em alerta caso a cheia deste ano seja comparada ou superior a de 2009. A utilização dos banheiros públicos deve ficar comprometida, alguns banheiros químicos deverão ser requisitados pelo centro comunitário da vila para atender ao público. A iluminação pública da orla está submerssa, uma preocupação para quem visita o local.
Os moradores solicitaram a Celpa o desligamento da energia submerssa.
Nesse período do ano a movimentação de turistas também diminui, ocasionando um saldo negativo na economia de alguns setores da região.
Apesar da cheia dos rios Amazonas e Tapajós é possível encontrar turistas que deslumbram a paisagem imersa da ilha, visitam o local e elogiam o lugar.

quarta-feira, 21 de março de 2012

A Dança do Carimbó em Alter do Chão

A dança do carimbó destaca-se por uma manifestação típica do Estado do Pará. Carimbó é considerado um gênero musical de origem indígena com influências da cultura negra e portuguesa. Sua palavra em tupi refere-se ao tambor feito de tronco de árvore, chamado Curimbó, no qual “Curi” significa pau e “mbó” refere-se a oco ou furado, em todo traduz pau oco que produz som. O termo da música e a dança chamam-se Carimbó por inúmeras influências fonéticas de modos de falar de cada região paraense.
A dança, segundo historiadores surgiu através de tribos indígenas que tocavam o curimbó e dançavam para realizar rituais. No momento em que os escravos entraram em contato com essa dança, impuseram os seus movimentos característicos africanos, desta forma a dança passou a caracterizar-se em uma espécie de batuque. Colonizadores portugueses também se sentiram atraídos pelo ritmo. Estes, estimulavam essas manifestações e faziam questão de participar assim, acrescentaram também seus traços da expressão corporal característica das danças portuguesas. Deste modo, o ritmo do carimbó foi evoluindo, disseminando e tornou-se popular na região Norte, ou seja, a partir da fusão de culturas, surgiu a manifestação de criatividade artística tornando-se atualmente tradição da identidade do povo paraense. 
Em Alter do Chão não é diferente,nossos parentes indígenas deixaram de herança essa belíssima dança que é o carimbó.Hoje vem sendo dançada no Sairé.Ma não só o Carimbó, mas também o puxirum, lundu, desfeiteira, camelu, valsa da ponta do lenço, marambiré, quadrilha, cruzador tupi, macucauá, cecuiara e outras que marcam a riqueza de ritmos e a cultura de Alter.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Alter do Chão terá quadras de ensaios para o Sairé




A vila balneária de Alter do Chão deve ganhar duas quadras de ensaios para o Sairé. A construção das quadras foi divulgada no Diário Oficial do Estado desta segunda-feira (19).

Com o anúncio da obra uma das mais antigas manifestações culturais da Amazônia, a festa do Sairé será fortalecida. As agremiações dos Boto Cor de Rosa e Tucuxi poderão usar a estrutura para ensaios e armazenar as alegorias para o Festival que ocorre no mês de setembro.

A Secretaria de Estado de Obras Públicas (Seop) realizará a licitação da obra, na modalidade tomada de preços, no dia 3 de abril, às 9h na Associação Comercial e Empresarial de Santarém (ACES).